abril 06, 2011

Congresso lança Frente em Defesa da Cultura.

Stepan assume vice-presidência da Frente em Defesa da Cultura


Com a presença de atores, diretores, intelectuais, deputados e senadores, além da ministra da cultura, Ana de Hollanda, foi lançada nesta quarta-feira (6), em Brasília, a Frente Parlamentar Mista da Cultura.

O deputado federal Stepan Nercessian (PPS-RJ), que é vice-presidente da Frente, disse que o grupo será responsável pelo acompanhamento das políticas públicas para o setor, além de discutir temas como direitos autorais, incentivo à formação artística, conservação do patrimônio histórico, entre vários outros.

"Queremos que (a Frente) se torne um fórum para debater as reivindicações e demandas dos vários segmentos culturais, além de servir como canal de interlocução com o poder Executivo, sem deixar de fiscalizar suas ações nesta área", explicou Stepan, que já presidiu o Sindicato dos Artistas do Rio.

Outra preocupação da Frente Parlamentar é assegurar a continuidade de uma política cultural permanente no país, como a consolidação do Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania, mais conhecido como Programa Cultura Viva, criado em 2005. O Programa responde pela criação de mais de três mil pontos de cultura em mais de 1.200 cidades brasileiras, envolvendo mais de oito milhões de profissionais. Mesmo diante de sua indiscutível importância social, o projeto enfrenta sucessivos cortes orçamentários.

O também ator e diretor Antônio Pedro, após deixar o evento que foi realizado no Salão Nobre do Congresso Nacional, mostrou preocupação com os cortes financeiros feitos pelo governo federal que atingem também a área da cultura.

“É óbvio que cortar o orçamento da cultura, que já é um orçamento muito curto, é cortar na carne. Então, esse corte geral tem que ser revisto, agora no decorrer (do exercício). Alguns programas têm que voltar. Na cultura, gostaria que voltassem todos”, disse ele.

Forte Orange

Stepan Nercessian entregou à ministra Ana de Hollanda um documento em que pede providências para o caso envolvendo o Forte Orange, um dos mais importantes monumentos históricos nacionais.

Localizado na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco, o Forte vinha sendo administrado por um morador local desde a década de 80, que dedicou mais de 30 anos de sua vida a cuidar do espaço. Chegou a criar a Fundação Forte Orange, que recuperou parte do ex-abrigo militar e o abriu à visitação pública. Mas o Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), no início de 2011, proibiu que a Fundação continuasse com a concessão de uso e de administração do local.

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