abril 15, 2011

Freire: PAC era apenas peça publicitária

O PAC 2 está tão emperrado quanto o PAC 1 diz Roberto Freire

"O PAC 2 está tão emperrado quanto o PAC 1", disse o deputado Roberto Freire (SP), ao comentar a baixa execução das obras que fazem parte do programa.  Na avaliação do parlamentar, "os constantes atrasos nas obras demonstram que o PAC era apenas uma peça publicitária na campanha de Dilma Rousseff".

Lançado como bandeira de campanha, o PAC amarga atrasos enormes. Dos R$ 40,1 bilhões autorizados para as duas versões, apenas R$ 102 milhões, ou seja, 0,25% foram utilizados até última terça-feira, segundo dados da ONG Contas Abertas. Freire diz que o programa está empacado desde o princípio “e as próprias autoridades do governo demonstram a irrelevância do PAC”.

Na avaliação de Freire, o governo Lula surfou numa onda favorável da economia internacional, o que beneficiou o país. “Mas como o governo era mau gestor e cheio de megalomanias, jogou fora as oportunidades que lhe foram oferecidas e dedicou-se apenas à propaganda”. Agora, diz o deputado, o governo está pagando todas as “faturas”, como a falta de capacidade de investimentos e do perigo da volta da inflação. “A atual presidente não pode reclamar porque ela fez parte disso e foi a principal beneficiada do governo de propaganda”, afirmou Freire.

Usina de Jirau

Freire disse que as seis mil demissões previstas na usina de Jirau, em Rondônia, são o resultado da redução de investimentos, elevação da dívida pública (R$ 1,67 trilhão) e da incapacidade do governo. “Mas com seis mil a mais ou a menos, não vai mudar; o problema são as péssimas condições de trabalho”, declarou, referindo-se às revelações dos trabalhadores que fizeram um levante.


O deputado lembrou o drama dos trabalhadores das usinas de Jirau e Santo Antônio. "É incrível a desfaçatez do governo do PT. Vimos ocorrer algo inimaginável, que é a exploração e a espoliação do trabalhador em obras do governo, com a omissão da administração federal, por meio do Ministério do Trabalho e seus fiscais. Um escárnio em pleno século XXI".

Por: Valéria de Oliveira

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